segunda-feira, 4 de junho de 2007

CILADA II (foto de Graça Loureiro)

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A cena era clara: O marido comia como um porco. Fazia ruídos com a boca, o som da mastigação era nojento. À noite roncava atrapalhando meu sono. Babava no travesseiro. Tinha um recipiente na beira da cama que usava durante a madrugada para mijar, por pura preguiça de ir ao banheiro. Bebia muita cerveja em frente à TV e depois ia dormir. Não deu noutra: virou o conteúdo do pinico em nossa cama. Que cheiro! Aquele líquido morno tocara minha perna...
Voltei à realidade e dei a resposta que todos esperavam.
-NÃO.
O padre confuso perguntou novamente:
-Maria Luiza: aceita Paulo Roberto, como seu legítimo esposo, para amar e respeitar, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?
-NÃO.Virei as costas e fugi em disparada.
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Me

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